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O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é celebrado em 2 de abril. A data tem o objetivo de esclarecer sobre o chamado Transtorno do Espectro Autista (TEA) e diminuir o preconceito em relação ao tema. Como existem vários níveis de autismo e inúmeros comportamentos associados ao espectro, o diagnóstico do transtorno ainda gera muitas dúvidas.

A psicóloga Cibely Pacifico, do Núcleo Evoluir, explica que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta no início do desenvolvimento infantil. “Até o primeiro ano de idade é possível perceber alguns sinais, embora o diagnóstico normalmente ocorra quando a criança está em idade escolar”, diz.

O conceito de espectro foi adotado há alguns anos justamente porque o autismo engloba desde sintomas muito brandos até aqueles mais severos que comprometem o funcionamento da pessoa. O diagnóstico é basicamente clínico, com observação direta do comportamento e entrevista com familiares, muito embora a chamada avaliação neuropsicológica possa ajudar no diagnóstico diferencial, principalmente quando há comorbidades associadas, como déficit de atenção ou transtorno intelectual, o que dificulta o diagnóstico.

Cibely elenca que em geral o TEA tem sintomas como dificuldade de contato visual, inclusive em bebês; dificuldade de regulação emocional, interação social e modulação social, inclusive com obstáculos para se adequar a determinados ambientes ou agir de acordo com o que é esperado naquele momento; e dificuldade de comunicação que vai desde expressar os sentimentos até ser capaz de identificá-los. “Outra característica é a falta de habilidade para fazer leituras mais sutis dos acontecimentos, perceber as entrelinhas, fazer leitura ambiental... Os autistas em geral são mais literais”, pondera.

Em caso de suspeita de TEA, a dica é sempre procurar um neurologista ou psiquiatra, que são os profissionais responsáveis por fechar o diagnóstico. “Autismo não tem cura, mas tem tratamento”, afirma, lembrando que o cuidado é mais eficiente quando é multiprofissional e pode incluir medicamentos, terapia, orientação para família e escola, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

 

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O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é celebrado em 2 de abril. A data tem o objetivo de esclarecer sobre o chamado Transtorno do Espectro Autista (TEA) e diminuir o preconceito em relação ao tema. Como existem vários níveis de autismo e inúmeros comportamentos associados ao espectro, o diagnóstico do transtorno ainda gera muitas dúvidas.

A psicóloga Cibely Pacifico, do Núcleo Evoluir, explica que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta no início do desenvolvimento infantil. “Até o primeiro ano de idade é possível perceber alguns sinais, embora o diagnóstico normalmente ocorra quando a criança está em idade escolar”, diz.

O conceito de espectro foi adotado há alguns anos justamente porque o autismo engloba desde sintomas muito brandos até aqueles mais severos que comprometem o funcionamento da pessoa. O diagnóstico é basicamente clínico, com observação direta do comportamento e entrevista com familiares, muito embora a chamada avaliação neuropsicológica possa ajudar no diagnóstico diferencial, principalmente quando há comorbidades associadas, como déficit de atenção ou transtorno intelectual, o que dificulta o diagnóstico.

Cibely elenca que em geral o TEA tem sintomas como dificuldade de contato visual, inclusive em bebês; dificuldade de regulação emocional, interação social e modulação social, inclusive com obstáculos para se adequar a determinados ambientes ou agir de acordo com o que é esperado naquele momento; e dificuldade de comunicação que vai desde expressar os sentimentos até ser capaz de identificá-los. “Outra característica é a falta de habilidade para fazer leituras mais sutis dos acontecimentos, perceber as entrelinhas, fazer leitura ambiental... Os autistas em geral são mais literais”, pondera.

Em caso de suspeita de TEA, a dica é sempre procurar um neurologista ou psiquiatra, que são os profissionais responsáveis por fechar o diagnóstico. “Autismo não tem cura, mas tem tratamento”, afirma, lembrando que o cuidado é mais eficiente quando é multiprofissional e pode incluir medicamentos, terapia, orientação para família e escola, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

 

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Desde 2013, a ONU celebra o Dia Internacional da Felicidade todo dia 20 de março. Mas não é de hoje que o assunto está em pauta. “A felicidade é quase uma fantasia que todos desejam! Imaginamos fogos de artifício, um sol brilhando, céu azulzinho...No entanto, a felicidade está mais para um adjetivo do que substantivo. Talvez um verbo. A felicidade é um momento, um caminho”, diz a psicóloga Paula Cordeiro, do Núcleo Evoluir em Londrina.

Segundo a psicóloga, “não há um ‘estado pleno’ de felicidade. Ao longo de nossa vida, vivemos situações felizes. A felicidade é então, algo que sentimos em diferentes momentos e situações”. Ela usa a metáfora de carros em uma rodovia para explicar o vaivém de sentimentos.

“Carros podem passar várias vezes ao dia por ali. São como nossos sentimentos, que não ficam ‘parados e estáticos’, mudam o tempo todo. A vida oscila, e como o sentimento interage com a vida, ele oscila também. Às vezes, imaginamos a felicidade como um serzinho que está dentro da gente, que comanda nossas emoções. Mas não é bem assim. Por isso, é normal que no mesmo dia tenhamos vários sentimentos.”

Ainda na reflexão sobre a felicidade, a escolha dos verbos diz muito. “Podemos usar o ‘estar feliz’, ‘sentir-se feliz’ no lugar do ‘ser feliz’. Assim conseguimos identificar melhor o que nos faz sentir/ficar assim. Os sentimentos – inclusive a felicidade – estão intimamente relacionados e interagindo com todo o contexto da nossa vida. Portanto, quando a nossa vida emocional e física está em um momento “saudável”, a probabilidade de termos momentos felizes é maior”, ensina Paula Cordeiro. 

A psicóloga do Núcleo Evoluir ainda lembra que hoje existe a ciência da felicidade, um tema que vem sendo muito estudado. “É importante que a ciência e pontos de estudo se proponham a estudar esse tema. Mais importante ainda é entendermos que nem sempre será possível sermos felizes. Por mais que a gente consiga entender como a felicidade funciona, não é interessante que sejamos sempre felizes. Porque isso estaria em desacordo com muitas situações de nossa vida”, enfatiza. 

Para a profissional, “em vez de tentarmos ser ‘mais felizes’ podemos tentar aprender a identificar e aproveitar os momentos de felicidade. Buscar autoconhecimento pra saber o que nos faz sentir felizes e assim poder ajeitar alguns momentos da vida com o objetivo de sermos mais felizes. Mas nada disso será suficiente se não aprendermos a viver no momento presente, pra que possamos aproveitar o momento feliz!”.

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O desenvolvimento de um País para além de questões econômicas passa pela Justiça Social, assegurando a cada cidadão as liberdades políticas e os direitos básicos e oferecendo oportunidades por meio de estratégias que minimizem os impactos das desigualdades sociais. Pensando nisso, no final da década passada a ONU criou o Dia Mundial da Justiça Social, comemorado em 20 de fevereiro, reconhecendo a necessidade de promover esforços para enfrentar questões como pobreza, exclusão e desemprego.

Gisele S. Teixeira Bellinelo, médica psiquiatra no Núcleo Evoluir em Londrina, destaca os impactos da desigualdade e pontua que há uma forte relação entre justiça social e saúde mental, que por sua vez é influenciada por fatores biológicos e do meio, contextos e situações vividas. Como exemplo, Gisele lembra que famílias mais carentes podem ter mais dificuldade de acesso a saneamento, alimentação saudável, atendimento pré-natal e ambiente adequado para o nascimento de qualidade, refletindo em maior incidência de complicações perinatais e risco aumentado de sequelas neuropsiquiátricas, incluindo déficit intelectual.

“As minorias sociais também podem ser mais vulneráveis a problemas psicológicos e psiquiátricos e ter mais dificuldade de acesso a tratamento de qualidade, como no caso da população LGBTI, que apresenta risco aumentado de comportamentos suicidas”, observa a médica.

No ambiente econômico, Gisele pontua que uma boa condição financeira e estabilidade no emprego e mercado de trabalho não são garantias de felicidade, bem-estar, equilíbrio emocional e ausências de doenças psiquiátricas. Porém, destaca ela, a instabilidade no mercado de trabalho e o desemprego influenciam negativamente a saúde mental. “Muitas vezes essa situação gera conflitos emocionais, conjugais e familiares, reduz a autoestima, aumenta os sintomas de ansiedade, crises de pânico, desencadeando ou piorando quadros depressivos, elevando o risco de comportamentos suicidas e suicídio”, lamenta a médica psiquiatra.

Relacionando o acesso à saúde e segurança de qualidade, Gisele lembra que qualidade de vida, segundo a Organização Mundial da Saúde, pode ser avaliada sob seis domínios: físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio ambiente (incluindo segurança, ambiente no lar, recursos financeiros, disponibilidade e qualidade de serviços de saúde, oportunidades de adquirir conhecimentos, participação em atividades de lazer) e espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais. “Portanto, ter oportunidades e vivenciá-las de maneira positiva favorece a sensação de bem-estar e saúde mental”, reforça.

Ainda, a médica frisa que a menor desigualdade social poderia beneficiar a qualidade de vida e, por consequência, a saúde mental das pessoas, uma vez que reduziria situações de risco, ao mesmo tempo em que proporcionaria acesso precoce e de qualidade a profissionais capacitados, como psicólogos e/ou psiquiatras (dependendo do caso) para tratamento, reabilitação e retorno à funcionalidade, saúde e bem-estar físico e mental.

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Por Isabella Canezim, estagiária de Psicologia do Núcleo Evoluir 

A expectativa de vida no Brasil é um fenômeno que tem crescido significativamente. Tanto em grupos científicos quanto no senso comum, foi constatado que, sob a influência da queda da mortalidade e queda da fecundidade, a população idosa está se expandindo cada vez mais. 

Simultaneamente, o aumento das dificuldades enfrentadas por este grupo social reverbera diretamente na saúde dos idosos e dos seus cuidadores (LAZARDO; GORIN; SILVA, 2006).

A doença de Alzheimer se enquadra nesse cenário como uma das demências que mais tem afetado o público idoso. Tal doença compromete "sua integridade física, mental e social, acarretando uma situação de dependência total com cuidados cada vez mais complexos [...]" (LAZARDO; GORIN; SILVA, p. 588, 2006). 

Perante a complexidade dessa doença, é necessário se compreender que ela não tem cura. Portanto, se o paciente já for diagnosticado com Alzheimer, parentes e cuidadores devem aceitá-la e buscar alternativas que amenizam e retardam seus efeitos (Lima, 2006).

Existem diversos fatores que podem facilitar o desenvolvimento dessa doença. Histórico familiar (LIMA, 2006 apud CUMMINGS e COLLE, 2002), baixa escolaridade (LIMA, 2006 apud TYAS et al., 2001; BRANDT e HANSER, 2004), histórico de depressão (LIMA, 2006 apud JORM, 2000; GEERLINGS et al., 2000), altos níveis de estresse, uso de drogas e doenças vasculares (LIMA, 2006 apud SKOOG et al., 1999; KORNHUBER,2005) são exemplos desses fatores que, combinados, aumentam o risco de uma pessoa desenvolver o Alzheimer antes mesmo de alcançar a velhice. 

Desse modo, autores afirmam a necessidade de medidas adequadas para a prevenção do desenvolvimento da DA. Apesar da dificuldade de encontrar provas de que a aplicação de tais medidas seja definitivamente bem-sucedida e estabelecer relações entre fatores alteráveis, existem pesquisas que mostram condições que podem ajudar a prevenir a doença (Carretta e Scherer, 2012). 

A atividade física é uma prática que possui grande eficácia na prevenção do Alzheimer. Além de influenciar nas funções cognitivas (memória, atenção, percepção e raciocínio) físicas e motoras, ela melhora a autoestima, promove o bem-estar e aumenta capacidades sociais (Ferreira e Catelan-Mainardes, 2012).

Além disso, a prática de atividades físicas aumenta o fluxo sanguíneo cerebral, estimulando a oxigenação do cérebro e os níveis de neurotransmissores, melhorando a flexibilidade mental e atividades mentais nesses indivíduos (Ferreira e Catelan-Mainardes, 2012).

A dieta também possui um papel fundamental na prevenção de doenças crônicas relacionadas a idade. A hipertensão, diabetes e obesidade são agentes de risco que podem ser prevenidos através de uma dieta balanceada, principalmente aquelas ricas em antioxidantes, de acordo com pesquisas. A ingestão de frutas, vegetais, pão, cereais, azeite, peixe e vinho tinto podem prevenir o desenvolvimento da DA (Carretta e Scherer, 2012).

A depressão pode afetar significativamente a evolução dessa demência. Autores sugerem estudos adicionais para verificar se o tratamento de sintomas depressivos pode prevenir a doença de Alzheimer. Entretanto, um treino cognitivo pode ser uma prevenção secundária em indivíduos com histórico depressivo. (Carretta e Scherer, 2012). 

O treino cognitivo está relacionado a identificação de competências que envolvem as atividades educacionais e profissionais que o indivíduo realizou ao longo de sua vida. Exercícios de natureza intelectual, social e de lazer propiciam um menor declínio cognitivo, podendo diminuir o risco da doença. É comprovado que, idosos ativos cognitivamente, apresentam menor risco de desenvolvimento de doenças demenciais (Carretta e Scherer, 2012). 

Além desses, vários outros fatores podem ser considerados, uma vez que estes também variam individualmente.Nesse ponto, a psicologia possui um papel essencial na prevenção da DA. 

A modificação do estilo de vida e de padrões comportamentais pode ser realizada através de uma intervenção terapêutica, a qual diminui os riscos e aumenta significativamente a autonomia e a qualidade de vida dessas pessoas (Ferreira e Catelan-Mainardes, 2012). 

Portanto, no mês de conscientização e luta contra o Alzheimer, é importante reforçar a importância desta doença ser considerada uma prioridade de saúde pública. Além disso, devemos lembrar que os indivíduos acometidos por essa doença precisam de cuidados específicos e apoio de familiares e amigos.  A tolerância, compreensão e empatia são cruciais para que essas pessoas se sintam valorizadas e vivam da forma mais satisfatória possível.

 

REFERÊNCIAS

CARRETTA, Marisa Basegio; SCHERER, Sabrina. Perspectivas atuais na prevenção da doença de alzheimer. Estud. interdiscip. envelhec., Porto alegre - RS, v. 17, n. 1, p. 37-57, 2012.

FERREIRA, Dhuani Claro; CATELAN-MAINARDES, Sandra Cristina. Doença de alzheimer: como identificar, prevenir e tratar. VI mostra interna de trabalhos de iniciação científica, Maringá - PR, out. 2012.

LIMA, Juliane Silveira. Envelhecimento, demência e doença de alzheimer: o que a psicologia tem a ver com isso? Revista de ciências humanas, Florianópolis - SC, n. 40, p. 469-489, out. 2006.

LUZARDO, Adriana Remião; GORINI, Maria Isabel Pinto Coelho; SILVA, Ana Paula Scheffer Schell Da. Características de idosos com doença de Alzheimer e seus cuidadores: uma série de casos em um serviço de neurogeriatria. [dissertação], Porto alegre - RS, 2006.

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A campanha Janeiro Branco existe há seis anos no Brasil para lembrar sobre a importância de valorizar a saúde mental. A data foi escolhida porque, tradicionalmente, em janeiro as pessoas costumam refletir sobre a vida e pensar em novas perspectivas. Mas afinal, o que é saúde mental?

A psicóloga Séphora Cordeiro, do Núcleo Evoluir, explica que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não define saúde mental porque o termo envolve cultura e conceitos subjetivos. Porém, relaciona o termo a qualidade de vida cognitiva e/ou emocional.  “Podemos dizer que ter saúde mental significa ter o equilíbrio emocional que gera capacidade de administrar a própria vida, conseguir lidar com as emoções e também reconhecer os próprios limites”, explica.

Ela lembra que a doença mental é incapacitante. As estatísticas mostram que uma a cada dez pessoas precisará de cuidados em saúde mental mas, apesar do alto índice, em países de média e baixa renda os investimentos em saúde mental não chegam a um dólar por pessoa. Além disso, esses locais não têm profissionais da área suficientes para atender a população. “Maior investimento nesta área iria, com certeza, diminuir o número de trabalhadores incapacitados, desonerando o estado”, afirma. 

As doenças mentais, de acordo com Séphora, são incompreendidas por não serem “visíveis. “É muito difícil entender a depressão ou a ansiedade. As pessoas acham que é ‘frescura’, ‘preguiça’, ‘piti’ e outros adjetivos pejorativos usados para classificar quem está doente”, lamenta, lembrando que, para desconstruir esta ideia, é preciso dispor de muita informação para que a população conheça as doenças, os sintomas, as causas e como tratar. “Campanhas como Janeiro Branco e Setembro Amarelo são muito bem-vindas.”

Para garantir o direito à saúde mental, é preciso difundir informações sobre as doenças emocionais e psicológicas que acometem as pessoas. Também é necessário a busca pela qualidade de vida, o que implica em fazer mudanças na rotina que permitam buscar um jeito mais “leve” de ver e conduzir a vida. 

“Outro ponto que não podemos esquecer é a necessidade de que nossas autoridades se atentem para a gravidade deste problema e façam os investimentos necessários para que os atendimentos sejam adequados, com foco em prevenção”, pede. 

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Sim, já estamos no final do ano! E chega aquele clássico momento de avaliar o que se viveu ao longo de 2018 e, claro, se preparar para o ano novinho que está batendo na porta. “Sejamos gratos por tudo o que vivemos ao longo dos últimos 12 meses. Gratidão por tudo o que o vivemos, mesmo que não tenha sido bom”, sugere a psicóloga Paula Cordeiro, do Núcleo Evoluir.

Ao final do ciclo, acrescenta ela, é importante o sentimento de gratidão. “Isso não significa que gostamos de tudo o que vivemos. É entender, contudo, que a vida é feita de momentos que nos fazem mais conscientes e presentes em nossas próprias vidas”. O final de ano, por sua vez, traz uma oportunidade para refletirmos sobre o que se viveu e avaliar o caminho traçado. Mas não se deve olhar para as promessas feitas no início do ciclo como forma de punição. “É apenas um momento de olhar como mudamos, de ver o que queríamos antes e o que queremos e temos hoje”, pontua Paula.

Muitas vezes chega o final do ano e não cumprimos as promessas ou conquistamos o que desejamos. Nesse momento, recomenda a psicóloga, é importante avaliar se ainda se quer o que planejou no começo do ano. “Muitas coisas mudam em um ano. Por isso, tantas vezes ficamos frustrados por coisas que não aconteceram, mas que se pensarmos bem, nem gostaríamos mais de ter”, reflete a especialista.

 No entanto, se a conclusão for a de que o plano do início do ciclo ainda é desejado, a hora é de avaliar até onde chegamos e como podemos fazer diferente no próximo ano. “O importante é cuidar para não sermos crueis e exigentes demais”, afirma Paula, lembrando que muitas coisas acontecem ao longo do ano que permitem ou não que os planos e desejos se concretizem. No entanto, não se deve focar só nos objetivos atingidos ou nas coisas que se deseja, mas sim nos momentos vividos.

Paula frisa que às vezes bate o sentimento de frustração, e tudo bem! “O que não podemos é deixar essa frustração tomar conta de toda a nossa avaliação. Precisamos comemorar o que foi bom durante o ano e ficar frustrados e chateados pelo que não foi, mas precisamos do retrato geral e real”, pondera a psicóloga.

Sobre fazer “listinha” de projetos e desejos para o ano que se inicia, Paula observa que pode ser interessante, mas cada um precisa ter em mente que entre os desejos de agora até o final do próximo ano há 12 meses, muitas coisas podem acontecer e esses projetos podem mudar ou mesmo ficar guardados. “É preciso entender que o mais importante é estarmos sempre conscientes dos nossos momentos e termos flexibilidade suficiente para mudar quando for preciso!”

A psicóloga Cláudia Cantero, também do Núcleo Evoluir, ressalta que fazer um planejamento e determinar metas a serem cumpridas no ciclo que se inicia auxilia muito na previsão das nossas ações. Porém, reforça que não se deve “ficar refém” e tornar esse planejamento engessado ao longo do ano. “Existem situações no cotidiano que podem nos redirecionar para outras vias. Ter flexibilidade é elemento chave para tornar nosso ano mais leve, compreendendo que apesar da vida não ocorrer exatamente como o planejado, nós podemos enxergar os pequenos momentos diários como algo a ser valorizado”, afirma Cláudia.

É preciso, acrescenta ela, exercer a gratidão. Uma dica da psicóloga para o próximo ano é: “seja mais gentil consigo mesmo”. É fundamental, diz Cláudia, entender que fazer planos e criar condições para realizá-los é muito importante, mas que a vida não dança exatamente conforme a “nossa” música. “E isto faz parte da maravilha que é viver”.

Feliz Ano Novo!

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Enquanto as mulheres são ensinadas desde a adolescência a praticarem o autocuidado, através de hábitos saudáveis e consultas regulares ao médico ginecologista, os homens são mais resistentes a ações de prevenção em saúde e, muitas vezes, só buscam o médico em caso de problemas. A campanha Novembro Azul, realizada anualmente para sensibilizar a população masculina sobre a importância de realizar o exame do toque para diagnóstico precoce do câncer de próstata, é uma oportunidade para lembrar aos homens sobre a importância de olhar para a própria saúde com mais atenção. 
“Desde cedo, as meninas são orientadas a irem ao ginecologista, ao dermatologista, a conhecerem  o próprio corpo.... Mas o mesmo não ocorre com os meninos. As práticas familiares, em geral, favorecem o autocuidado com a mulher, mas não com o homem, que passa a acreditar que só precisa ir ao médico quando tem algum incômodo”, pontua a psicóloga Claudia Cantero, do Núcleo Evoluir. 
Para ela, a mudança nesta cultura depende da mudança nas práticas familiares, que devem estender ao homem o desenvolvimento de hábitos saudáveis, como alimentação adequada, controle de peso, prática de atividades físicas, redução no consumo de álcool e não fumar, além de incentivar a prática de procurar o médico preventivamente. “São comportamentos que favorecem a qualidade de vida”, analisa. 
Outro aspecto criticado por Claudia é o hábito de minimizar as queixas masculinas, como se fossem situações de fraqueza. “O homem é sempre cobrado a ser forte, não adoecer, por isso, muitos interpretam a busca pelo médico como sinal de fraqueza. Podemos mudar isso estabelecendo novos hábitos na cultura familiar, incluindo práticas saudáveis e realização de consultas médicas de rotina, além de tratar com mais acolhimento as queixas masculinas”, expõe. 
Ela lembra que, apesar do câncer de próstata ocorrer principalmente depois dos 50 anos, a cultura do autocuidado deve ser desenvolvida muito antes. “Receber o diagnóstico de câncer é um evento que não controlamos, mas a adoção de hábitos saudáveis e visitas regulares ao médico são práticas recomendáveis para uma vida com mais saúde”, afirma. 
O exame do toque ainda é um tabu para muitos, o que acaba por privá-los de ir ao médico. “Nesta hora, é preciso refletir sobre o que é mais importante para si próprio e para a família”, opina.

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Com a aproximação do Dia de Finados, celebrado no dia 2 de novembro, é mais comum que as pessoas falem de conhecidos e entes queridos que já morreram. É um momento especial para lembrar-se dos que já partiram e também natural refletir sobre a morte. A psicóloga Sephora Cordeiro, do Núcleo Evoluir em Londrina, observa que passar pela experiência de morte de uma pessoa querida é uma vivência muito difícil, mas certamente todos, em algum momento, passará por uma perda importante.
 
Nesse sentido, é fundamental que todos tenham a possibilidade de viver o luto, viver o sentimento de tristeza pela morte de alguém.  “É importante que este sentimento seja permitido na vida social, familiar e profissional”, acrescenta a psicóloga. Viver os rituais, como participar do velório, do enterro, ir ao cemitério em datas especiais, como o aniversário da pessoa ou o Dia de Finados, também ajuda no processo de administrar a perda. “São momentos significativos e que ajudam aqueles que perderam o ente querido a organizar emoções e sentimentos”, pontua Sephora.
 
Além disso, nessas ocasiões é possível estar reunido com pessoas queridas da família e isso gera conforto, acolhimento e contribui para a retomada da vida. Apesar do luto ser um processo individual, ligado à história de vida e valores de cada um, ter amigos e familiares próximos sem dúvida colabora na passagem pelo luto, afirma a psicóloga. A dor pela perda de alguém querido e a forma de enfrentar a morte, lembra ela, é diferente em cada indivíduo, uma vez que esse momento tem relação com a história de vida e cultura de cada um. Pessoas ligadas a uma religião, exemplifica, tendem a lidar melhor com as perdas. Mas isso não é uma regra. “É preciso ter claro que algumas pessoas são emocionalmente frágeis e podem até desenvolver uma depressão pela sua dificuldade de aceitar a morte, lidar com o luto e retomar a rotina”, avalia.
 
Sob a ótica da psicologia, o luto tem algumas fases: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. “Não tem como prever um tempo de duração de cada fase, pois cada indivíduo vai reagir de uma forma, dependendo também do vínculo com a pessoa que morreu. Familiares e amigos precisam estar atentos para que o luto demorado não caminhe para uma depressão”, alerta Sephora.
 
E para ajudar alguém a superar essa dor a receita é acolhimento, empatia e respeito. “São alguns dos sentimentos fundamentais para apoiar alguém que está em processo de luto”, garante a profissional. Segundo ela, é preciso estar sensível ao sofrimento do outro para poder acolher e inclusive, dependendo da condição, encaminhar essa pessoa para tratamento com profissionais da psicologia. E, se for o caso, sugerir um tratamento conjunto com um psiquiatra.
 
Sephora ainda pontua que o luto é diferente quando a morte é inesperada. Nesses casos é mais difícil do sofrimento ser superado. “Quando temos uma pessoa doente por muito tempo ou por uma doença grave é possível ir se ‘preparando’ para quando aquela pessoa nos deixar. No entanto, quando se perde alguém inesperadamente e de forma violenta, causa mais sofrimento e dificulta a superação”, lamenta.
 
A psicóloga lembra ainda que muitas vezes a morte é vista como um tabu, principalmente na cultura ocidental. “Nas religiões e crenças ocidentais a morte é vista com muito pesar e dor, algo misterioso e até mesmo inaceitável. É um assunto que ninguém quer falar. E traz sofrimentos e questionamentos que não conseguimos resolver”.  Mas morrer é tão natural da vida quanto nascer e crescer. E em algumas culturas a morte é vista com mais naturalidade, com rituais mais leves e até alegres. O fato é que a dor da perda de um indivíduo é universal.
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O Núcleo Evoluir está com inscrições abertas para o segundo módulo do curso “Desbravando o comportamento humano”.  As aulas ocorrerão nos dias 10 e 24 de novembro e 1 e 8 de dezembro. Nesta etapa, os mestres em psicologia Myenne Tsutsumi e André Luiz vão debater sobre ferramentas adequadas para entender as condições nas quais determinados comportamentos ocorrem e porque se mantém.  “Com embasamento científico, os alunos serão incentivados a planejar estratégias possíveis para aumentar a qualidade de vida dos clientes”, afirmou André Luiz.

Ele destaca que, para identificar com alto grau de clareza as relações que promovem e mantêm determinados comportamentos, psicoterapeutas analítico-comportamentais devem saber como realizar Análises Funcionais Molares e Moleculares. Após isso, é preciso entender o processo de Formulação Comportamental para planejar e implementar estratégias de intervenção. “O psicoterapeuta precisa saber como arranjar condições para que seus clientes desenvolvam autonomia e sejam capazes de identificar as relações comportamentais que estabelecem no dia-a-dia. Para isso, necessita-se conhecimento sobre Ferramentas para Promoção de Autoconhecimento”, pontua. 

Para aumentar a probabilidade de bons resultados em cada um desses passos, o psicoterapeuta analítico-comportamental precisa entender as bases científicas e filosóficas da Análise do Comportamento e, para tanto, necessita de conhecimento sobre as implicações do Behaviorismo Radical e da pesquisa básica na clínica comportamental. Todos esses temas serão abordados no curso, que tem como público-alvo alunos dos últimos anos de psicologia e profissionais da área. 


Serviço
Desbravando o comportamento humano
Aulas nos dias 10 e 24 de novembro e 1 e 8 de dezembro
Investimento: R$ 230,00 (grupo de duas pessoas) ou R$ R$ 250,00 (inscrição individual)
Local: Auditório do edifício Torre de Pietra (Av. Ayrton Senna, 500)
Informações e inscrições: (43) 3324-4741/(43) 3037-0470/(43) 99813-2629 ou contato@nucleoevoluir.com.br

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