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Janeiro Branco pede a valorização da Saúde Mental

Campanha Janeiro Branco

A campanha Janeiro Branco existe há seis anos no Brasil para lembrar sobre a importância de valorizar a saúde mental. A data foi escolhida porque, tradicionalmente, em janeiro as pessoas costumam refletir sobre a vida e pensar em novas perspectivas. Mas afinal, o que é saúde mental?

A psicóloga Séphora Cordeiro, do Núcleo Evoluir, explica que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não define saúde mental porque o termo envolve cultura e conceitos subjetivos. Porém, relaciona o termo a qualidade de vida cognitiva e/ou emocional.  “Podemos dizer que ter saúde mental significa ter o equilíbrio emocional que gera capacidade de administrar a própria vida, conseguir lidar com as emoções e também reconhecer os próprios limites”, explica.

Ela lembra que a doença mental é incapacitante. As estatísticas mostram que uma a cada dez pessoas precisará de cuidados em saúde mental mas, apesar do alto índice, em países de média e baixa renda os investimentos em saúde mental não chegam a um dólar por pessoa. Além disso, esses locais não têm profissionais da área suficientes para atender a população. “Maior investimento nesta área iria, com certeza, diminuir o número de trabalhadores incapacitados, desonerando o estado”, afirma. 

As doenças mentais, de acordo com Séphora, são incompreendidas por não serem “visíveis. “É muito difícil entender a depressão ou a ansiedade. As pessoas acham que é ‘frescura’, ‘preguiça’, ‘piti’ e outros adjetivos pejorativos usados para classificar quem está doente”, lamenta, lembrando que, para desconstruir esta ideia, é preciso dispor de muita informação para que a população conheça as doenças, os sintomas, as causas e como tratar. “Campanhas como Janeiro Branco e Setembro Amarelo são muito bem-vindas.”

Para garantir o direito à saúde mental, é preciso difundir informações sobre as doenças emocionais e psicológicas que acometem as pessoas. Também é necessário a busca pela qualidade de vida, o que implica em fazer mudanças na rotina que permitam buscar um jeito mais “leve” de ver e conduzir a vida. 

“Outro ponto que não podemos esquecer é a necessidade de que nossas autoridades se atentem para a gravidade deste problema e façam os investimentos necessários para que os atendimentos sejam adequados, com foco em prevenção”, pede.