Notícia RELEASE


Saiba mais sobre o autismo

Arte/Núcleo Evoluir

O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é celebrado em 2 de abril. A data tem o objetivo de esclarecer sobre o chamado Transtorno do Espectro Autista (TEA) e diminuir o preconceito em relação ao tema. Como existem vários níveis de autismo e inúmeros comportamentos associados ao espectro, o diagnóstico do transtorno ainda gera muitas dúvidas.

A psicóloga Cibely Pacifico, do Núcleo Evoluir, explica que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta no início do desenvolvimento infantil. “Até o primeiro ano de idade é possível perceber alguns sinais, embora o diagnóstico normalmente ocorra quando a criança está em idade escolar”, diz.

O conceito de espectro foi adotado há alguns anos justamente porque o autismo engloba desde sintomas muito brandos até aqueles mais severos que comprometem o funcionamento da pessoa. O diagnóstico é basicamente clínico, com observação direta do comportamento e entrevista com familiares, muito embora a chamada avaliação neuropsicológica possa ajudar no diagnóstico diferencial, principalmente quando há comorbidades associadas, como déficit de atenção ou transtorno intelectual, o que dificulta o diagnóstico.

Cibely elenca que em geral o TEA tem sintomas como dificuldade de contato visual, inclusive em bebês; dificuldade de regulação emocional, interação social e modulação social, inclusive com obstáculos para se adequar a determinados ambientes ou agir de acordo com o que é esperado naquele momento; e dificuldade de comunicação que vai desde expressar os sentimentos até ser capaz de identificá-los. “Outra característica é a falta de habilidade para fazer leituras mais sutis dos acontecimentos, perceber as entrelinhas, fazer leitura ambiental... Os autistas em geral são mais literais”, pondera.

Em caso de suspeita de TEA, a dica é sempre procurar um neurologista ou psiquiatra, que são os profissionais responsáveis por fechar o diagnóstico. “Autismo não tem cura, mas tem tratamento”, afirma, lembrando que o cuidado é mais eficiente quando é multiprofissional e pode incluir medicamentos, terapia, orientação para família e escola, fonoaudiologia e terapia ocupacional.