Como está a sua relação com os alimentos?
Está complicada, é uma briga diária e o que mais preocupa é a balança?
Uma relação perigosa e aterrorizante foi imposta à sociedade com a disseminação de padrões alimentares hiper restritivos. Nota-se o grande número e tipos de dietas que surgem sem respaldo científico, mas que infelizmente são adotadas por homens e mulheres de todas as idades.
Na contramão das dietas “malucas”, a nutrição comportamental tem comprovado que, além de cortar calorias, é necessário prestar atenção à maneira como se come, ter objetivos claros e desfrutar das sensações que o ato de se alimentar pode proporcionar.
“É uma reconexão com as sensações e a ação de comer. Na nutrição comportamental levamos em conta os hábitos, o estilo de vida e o contexto no qual a pessoa está inserida, não apenas o valor nutricional dos alimentos”, explica a psicóloga do Núcleo Evoluir e especialista no assunto, Priscila Sakuma.
Também conhecida como “mindful eating” ou “alimentação consciente”, a nutrição comportamental resgata o prazer de comer sem culpa, o que não significa comer sem critério. Pesquisas já comprovaram que o ser humano se nutre de alimentos e sentimentos, e essas duas questões precisam andar juntas.
Você já parou para pensar na forma como se alimenta? Você presta atenção a cada garfada? Quais são os seus hábitos ao redor da mesa?
Alimentação de qualidade está diretamente relacionada a valores nutricionais e a alimentos saudáveis, mas também a comportamentos adequados. O simples fato de comer sem desgrudar o olho do celular, ou sem prestar atenção a sua atitude enquanto se alimenta é perigoso e pode desencadear um ciclo interminável de começar inúmeras dietas e, às vezes, desistir no meio do percurso, ou até finalizar o “regime”, mas sendo logo preciso retomar as restrições e as outras dietas. Vira um ciclo sem fim e imperceptível.
“Observe as suas atitudes e as da sua família com a alimentação. Talvez alguém esteja precisando de uma orientação direcionada e profissional para melhorar os hábitos. É a saúde que está em jogo, então todo cuidado é relevante”, orienta a psicóloga.